Racismo e etarismo condenam mulher negra idosa a um não lugar

Até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O envelhecimento populacional em solo nacional é uma realidade que anseia intensamente por respostas da sociedade, ao passo que seu processo vem acontecendo de forma muito acelerada nas últimas décadas. O aumento no número de idosos é um desafio para as estruturas públicas do país por si só, mas quando se adiciona a realidade das segregações socioeconômicas, históricas e de cor, a atenção deve ser redobrada para que esses indivíduos discriminados recebam os mesmos benefícios.

No contexto brasileiro, os papéis sociais são definidos pela origem escravista na constituição dos laços socioculturais brasileiros. Infelizmente, o processo de escravidão reverbera efeitos danosos que são reproduzidos numa estrutura de discriminação de cor, o racismo. Somado a isso, ainda há a imposição de uma cultura machista, a qual extrapola os limites geográficos brasileiros, que mantém a mulher em uma posição de subalternidade em relação ao homem. Por fim, em um sistema baseado em discriminações, há também o etarismo, em que pessoas idosas sofrem preconceito em razão de sua idade.

Sendo assim, em um processo de constante violência social, a mulher negra idosa costuma ser condenada por nossa sociedade discriminatória a um não lugar. É partindo dessas reflexões que a reportagem do Correio Braziliense discute os desafios da mulher negra brasileira. Para ler a reportagem na íntegra, acesse o link: Etarismo e machismo: desafios da mulher negra brasileira.